O ontem, o hoje e o amanhã da Mobilidade Urbana

O Diretor de Produtos da Transdata, Rafael Teles, palestrou na UNICAMP sobre o ontem, o hoje e o amanhã da mobilidade urbana. O executivo começou sua explanação com a seguinte pergunta:

Como será que nossos pais imaginavam o sistema de transporte de hoje?

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E como estamos hoje?

Todas estas ideias tiveram algo em comum: eram ilusões sobre o futuro. E de lá para cá, muitas ainda continuam vistas como salvadoras da mobilidade. E por que isso acontece? Pela complexidade do sistema, pelas tecnologias disponíveis, pelos hábitos, desejos e necessidades das pessoas e por mais inúmeros fatores que envolvem esse complexo ecossistema. Mas neste caminho, entre todos estes anos, uma coisa ficou muito clara: não basta idealizar os meios de transporte do futuro, é preciso pensar nas pessoas e suas jornadas! 

A mobilidade através do tempo

Século 19: a era industrial. Durante a primeira revolução industrial, ferrovias e redes de transporte público fixos apoiaram a concentração da população e do emprego nas cidades emergentes.

Século 20: a chegada dos carros. A chegada de veículos motorizados, produzidos em massa, levou à ascensão da suburbanização e descentralização de atividades além das fronteiras da cidade.

Século 21: a era digital. O acesso às informações para todo mundo, abriu novas oportunidades para tornar a rede de transporte mais eficiente e amigável. A cada dia, o sistema se torna mais personalizado para o que os usuários querem, quando querem e como querem, através de escolhas por consumo e conveniência.

Sobre a Revolução Industrial, a 1ª - usou água e vapor: mecanizou a produção; a 2ª - usou energia elétrica: permitiu a produção em massa; a 3ª - usou eletrônica e tecnologia da informação: automatizou a produção; e a 4ª - evolui da 3ª: a convergência de tecnologias dilui fronteiras entre o físico, o digital e o biológico. Estamos na 4ª Revolução Industrial, a famosa Indústria 4.0.

E hoje, quais os mitos da mobilidade?

São muitas promessas de transformação e evolução como os aplicativos de carona e compartilhamento de carro que vão substituir o transporte de massa, os carros elétricos que vão solucionar as questões ambientais e de transporte urbano, e os carros autônomos que vão promover a ampliação da locomoção com fluidez, acessibilidade e segurança.

Mas o que temos visto é um pouco diferente! Os Apps inserem mais veículos nas ruas e geram mais trânsito e poluição e os carros autônomos ainda não possuem a segurança ideal e passam por uma ampla crise ética e legal, pois esbarram em aspectos fundamentais da humanidade. Ambos iniciam parcerias para dar opções de transporte coletivo.

Com isso, hoje temos uma certeza: integração é o presente e o futuro da mobilidade. Assim, o transporte será coletivo, sustentável e sem trânsito. Um ecossistema integrado, com recursos efetivos para promover o transporte multimodal, pagamento variado e serviços conectados, torna-se realidade com o avanço da tecnologia. E tudo focado no passageiro. Seja qual for o cenário, o passageiro está sempre em primeiro plano.

Conveniência, experiência e custo. Estes são os pilares da jornada do cliente de transporte público. Está na palma da mão a escolha por uma locomoção intermodal, com meio de pagamento diversificado, planejando, selecionando e até pagando o serviço via aplicativo. Não dá mais para impor como as viagens acontecerão, nem quanto ou como as pessoas pagarão por elas. Se antes o passageiro se adaptava às rotas e pontos, hoje é o sistema de transporte que precisa atender às necessidades dos clientes.

Então para onde vamos?

O presente e o futuro nos fazem ir além: usar a tecnologia para repensar o design dos serviços. Exemplos disso são o MaaS – Mobility as a Service: conceito ideal para o novo momento, mas que exige um suporte tecnológico adequado e ferramentas integradas para um sistema dinâmico, modular e personalizável; e o Omnichanel: permitir ao cliente meios de consulta, reserva e pagamento pelo deslocamento em uma única plataforma – independente de quantos e quais modais utilizará, havendo integração tarifária ou não.

Não apenas as necessidades dos passageiros mudaram, mas também a maneira de interagir com os meios de transporte. É preciso evoluir e acompanhar estas transformações. Há 25 anos, a Transdata atua de forma precisa e colaborativa com operadores de trânsito e gestores através de soluções modernas e integradas que facilitam o dia a dia dos usuários e permitem maior eficiência na gestão do sistema de transporte.

O objetivo é integrar soluções para que possam mudar o jeito como as pessoas se conectam à cidade e a tudo o que ela oferece: trabalho, lazer, educação ou saúde. O transporte público é a condição básica de acesso a tudo isso e a tecnologia deve torná-lo tão inteligente quanto as cidades precisam ser!

Andriei Galdini