A ONU e seu papel com o transporte público

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“Transporte não é uma finalidade em si, mas sim um meio que permite às pessoas acesso a qualquer necessidade: emprego, mercados e bens, interação social, educação e uma série de outros serviços que contribuem para vidas saudáveis e plenas”.

Essa é a importância que o transporte público detém no contexto urbano e é reconhecida pela ONU - Organização das Nações Unidas, que é uma organização intergovernamental criada para promover a cooperação internacional, que fez essa declaração em seu relatório intitulado “Mobilizando o Transporte Sustentável pelo Desenvolvimento”. O documento tem o objetivo de fornecer orientações sobre o transporte sustentável que os países devem seguir até 2030.

Já em seu último boletim anual sobre concentrações de gases do efeito, publicado em novembro de 2019, a ONU divulgou uma mensagem alarmante: o mundo não pode mais continuar adiando as ações radicais necessárias para reduzir as emissões de CO2 se deseja evitar uma catástrofe climática.

Os investimentos em transportes públicos e em veículos de baixas emissões locais, como elétricos e a biocombustíveis, estão entre os destaques do relatório, inclusive para o Brasil. Em todo o mundo, a orientação é para, além da redução das emissões pelos transportes, aja um aumento da eficiência energética do setor.

Segundo o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente – PNUMA, mesmo que todos os compromissos atuais sob o Acordo de Paris para o clima sejam implementados, as temperaturas deverão subir 3,2°C, trazendo impactos climáticos ainda maiores e mais destrutivos.

Para que o aumento da temperatura global seja limitado a 1,5% até 2030, como prevê o cenário mais positivo do Acordo de Paris, a ONU adverte que a ambição coletiva precisa aumentar em mais de cinco vezes em relação aos níveis atuais para proporcionar os cortes necessários na próxima década. Entre 2020 e 2030, as emissões globais de gases de efeito estufa (GEEs) devem cair 7,6% ao ano.

O PNUMA fez uma série de recomendações para que globalmente as metas sejam alcançadas, entre as quais, ampliação dos deslocamentos por transporte coletivo nas principais cidades do mundo. A eletromobilidade também está entre as alternativas para deixar as cidades em todo mundo, onde mais se concentram as emissões locais, menos nocivas ao meio ambiente.

G20

Os países do G20 respondem coletivamente por 75% de todas as emissões, mas apenas cinco deles se comprometeram com uma meta de emissões zero a longo prazo.

No curto prazo, os países desenvolvidos terão que reduzir suas emissões mais rapidamente que os países em desenvolvimento, por razões de justiça e equidade. No entanto, todos os países precisarão contribuir mais para os efeitos coletivos. Os países em desenvolvimento podem aprender com os esforços bem-sucedidos nos países desenvolvidos e podem até ultrapassá-los e adotar tecnologias mais limpas em um ritmo mais rápido.

A nota ainda explica que para o cumprimento das metas globais de restrição de aumento de temperatura, as emissões em 2030 devem se limitar a 15 gigatoneladas de CO2.

Nós, da Transdata, acreditamos que um transporte público de qualidade é o primeiro passo para termos uma cidade mais sustentável. E criar novos caminhos para a mobilidade urbana através de ideias e soluções inovadoras é o que nos move todos os dias. Vamos juntos construir caminhos mais humanos?


Andriei Galdini