Quando a tecnologia deixa de ser produto para tornar-se serviço

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Recentemente, a Transdata esteve presente na 6ª Semana UITP América Latina a fim de debater sobre a tendência mercadológica de ticketing-as-a-service (TaaS). O evento que aconteceu em São Paulo com o objetivo de abordar a importância da tecnologia no segmento de transporte público teve a responsabilidade de reunir aproximadamente 250 participantes sendo eles autoridades, provedores e operadores. Na prática, o conceito refere-se ao uso da internet e aplicativos móveis nas atividades de autoatendimento tais como recarga automática dos serviços de gerenciamento de cartões, e, registro e aquisição do produto. Nesta iniciativa, a venda casada de soluções deixa de existir a fim de abrir as portas para ofertas modulares nas quais os consumidores são capazes de priorizar as reais necessidades individuais e pagar apenas pelas funcionalidades utilizadas. Ou seja, o TaaS é o caminho ideal de otimização não somente de um único produto, mas de toda a cadeia de entregas em si.

Ao abordar as características desta tendência, é possível citar o perfil modular que se adequa a diversas mídias sem contato (smart cards, EMV cards e smartphones) com o intuito de estruturar variados modelos de tarifação (account based ticketing, tap in - tap out e pay as you go). Por fim, a iniciativa que integra todos os serviços em uma solução promove uma operação em conjunto ou de forma separada. Em seguida, há a habilidade escalável na qual o serviço é completamente hospedado em nuvem com o auxílio de um sistema singular de manutenção, atualização e suporte - o que permite escalar a qualquer momento sem a ocorrência de migrações de base de dados ou troca de servidores.

Outra faceta do recurso é a de flexibilização onde a implantação das funcionalidades ocorre em um formato ágil com prevenção de riscos e baixo investimento inicial. Portanto, os operadores estão aptos a redesenhar rapidamente tarifas, regras de negócio, produtos e canais de vendas. Por sua vez, a abrangência também faz parte da iniciativa ao disponibilizar aos operadores pacotes de serviços prontos a fim de eliminar a preocupação com questões burocráticas e ampliar a visão estratégica. Ainda sob o guarda-chuva do TaaS, o custo-efetivo destaca-se devido a oportunidade de pagamento a partir de métricas reais e a ausência de comprometimento com gastos de infraestrutura.

“Para nós, a tecnologia de ticketing-as-a-service representa uma grande inovação para o setor de transporte público ao proporcionar a customização de funcionalidades dentro da realidade de cada consumidor. No entanto, o alcance do sucesso com o uso do TaaS remete a uma reflexão sobre as seguintes demandas dos passageiros: comodidade, segurança e agilidade”, afirma  Rafael Teles, diretor de produto da Transdata.

O especialista revela que a relação da Transdata com a tecnologia desenvolveu-se com a proposta de disponibilizar as entregas do serviço de tarifação de acordo com o nível de consumo do cliente a fim de evitar que as empresas tenham a necessidade de desembolsar grandes quantias. Afinal, a iniciativa permite habilitar ou desabilitar as funcionalidades que se deseja manter. Veja abaixo as soluções presentes no portfólio que se alinham a este conceito:

Bilhetagem Eletrônica

O sistema eletrônico de gestão de bilhetagem apresenta uma configuração simples, mas modular a fim de inserir o poder de escolha das funcionalidades nas mãos dos operadores. Em termos técnicos, a plataforma tem a capacidade de automatizar a tarefa de arrecadação financeira a partir da aceitação de diferentes meios de pagamentos (smartphones, cartões bancários EMV e QR Code). Já a base de dados é robusta com uma gama de 350 espécies de relatórios online que contam com um menu completo dos dispositivos em uso e trâmites financeiros. Estes materiais podem ser exportados em variados formatos, inclusive em ferramentas de Business Intelligence.

Tarifa Georreferenciada

A tarifa georreferenciada permite a ocorrência de um fluxo de cobrança personalizado por um ou mais trechos em um processo automatizado com o uso de coordenadas de geoposicionamento. Ou seja, a localidade de embarque é registrada no momento em que o passageiro passa o cartão. Este procedimento se repete no desembarque a partir do reconhecimento da geolocalização no qual a tarifa é calculada e a catraca liberada mediante ao pagamento.

Andriei Galdini