De pessoas para pessoas: precisamos falar sobre a mobilidade humana

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Por Paulo Tavares, CEO da Transdata

A inconsistência do segmento de transporte coletivo no Brasil não é novidade para ninguém. De um lado existem os passageiros que precisam lidar diariamente com atrasos, filas, acidentes ocasionados por lotações e quebra de veículos durante o trajeto para conseguirem alcançar o destino final esperado. Ao todo, os brasileiros permaneceram 13,5 bilhões de horas nessas condições ao longo dos últimos dois anos.

Já na outra face da moeda, as empresas enfrentam dificuldades para manter os negócios em funcionamento. Segundo informações divulgadas pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), 60,1% das companhias registraram queda na receita bruta. Por consequência, 74,6% tiveram um aumento nos custos operacionais e reduziram em 58,8% o número total de viagens realizadas.

Diante do panorama acima, é natural que os empresários foquem os esforços em otimizar a estratégia de negócio a fim de equilibrar o caixa e promover mudanças positivas no ecossistema. Mas, como liderar todas essas transformações? Este ainda é um questionamento que aflige a área dos transportes coletivos com frequência.

No mercado muito se fala sobre assumir uma visão estratégica ao alinhar os serviços prestados com os recursos tecnológicos. O objetivo em si é estimular o desenvolvimento das zonas urbanas ao disponibilizar veículos em qualquer horário para toda a população a custos acessíveis e com o pensamento no meio ambiente para resultar em um aumento da qualidade de vida dos seres humanos.

Caro leitor, este é o momento de fazer uma interrupção no artigo para lhe fazer uma provocação. É inegável a importância da tecnologia na sociedade atual - inclusive em alavancar experiências de deslocamento. Mas, se a proposta principal é incentivar uma modificação benéfica no estilo de viver das pessoas, então, por que não esquecer por alguns segundos as máquinas e abordar um tema fundamental: a humanização. Ou melhor dizendo, a mobilidade humana.

Na prática, a lógica do conceito é simples. Tratam-se de pessoas que reservam um determinado período de tempo na agenda para refletir sobre as reais necessidades das demais pessoas. Ou seja, é quando a companhia insere o passageiro no centro das tomadas de decisões. Por exemplo, destinar um maior número de veículos em um certo trajeto por conta do grande fluxo de interessados em utilizá-los ou oferecer um aplicativo que permite ao passageiro encontrar as rotas menos conturbadas do dia.

Por fim, te convido a embarcar conosco na jornada em prol da mobilidade humana. Vamos juntos conectar mais caminhos! Para mais informações, acesse: www.itstransdata.com.

Andriei Galdini